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Temo
encontrar-lhe; será que ainda se lembra de tudo que te disse um dia? Se
pudesse, faria como o avestruz; e colocaria minha cabeça dentro da terra. Ali
ficaria até que a vergonha de te encontrar fosse embora – se é que um dia
conseguirei olhar em seus olhos novamente.
Conto-lhe
sobre uma história que escrevi. Inspirada em você, nunca lhe mostrarei o que
realmente sinto. Tive que fazer uma escolha e agora convivo com ela todos os
dias; mas não me arrependo um segundo sequer.
Algumas coisas
não são feitas para o mundo real: elas perderiam seu encanto. Gosto de viver no
meu mundo de magia – a realidade nunca poderia ser tão boa. Ou poderia? Será
que ao isolar-me não estou perdendo a chance de sentir de verdade, de viver de
verdade?
Um dia,
talvez, eu esteja preparada para sair da minha concha. Só aí poderei responder
a essa questão; se é que um dia poderei. Minhas incertezas parecem superficiais
não fossem tão intensas e reais – prometo-lhe que sou o mais sincera que posso.
Algumas coisas
não são feitas para serem compartilhadas: talvez meus sentimentos façam parte
desse agrupamento preguiçoso.
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