sexta-feira, 27 de julho de 2012

Dilacerado


Dilacerado, como os cacos quebrados da taça
Noite, noite, mas que noite!
Pouco me lembro, pouco fiz
Mas quanto desejei

Aquele doce vinho em meus lábios
Dá brecha a uma nova eu
Que faz o que não quer
Só por saber poder

Ouço o miado da noite
Vindo naquele vento frio e sofrido
Que me acorda de minha embriaguez
E me leva de volta

Em casa estarei segura
Cercada pela minha própria opressão
Deito a cabeça no meu braço dolorido
Durmo, então, esquecida

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