Não tolero suas fraquezas
[quaisquer que sejam
Por receio de enfrentar
[minhas próprias
Como se ao olhar o espelho
Pudesse me derreter
domingo, 29 de abril de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
Pequeno Leão
Tão tranquilo
Animal
Tão fingido
Ao ataque
Tão fugido
Acuado
Tão fundido
Dançamos...
[Para onde foi o meu rugido?
Animal
Tão fingido
Ao ataque
Tão fugido
Acuado
Tão fundido
Dançamos...
[Para onde foi o meu rugido?
Inesperado
Do inesperado extraio horas de prazer
Ainda que as compare a você
Do inesperado extraio uma leveza
Daquelas que nenhuma beleza
Poderia sustentar
Ah! O inesperado
Chega sem bater
E num sutil movimento
Faz acontecer
Ainda que as compare a você
Do inesperado extraio uma leveza
Daquelas que nenhuma beleza
Poderia sustentar
Ah! O inesperado
Chega sem bater
E num sutil movimento
Faz acontecer
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Assim, assado
E essa dualidade entre razão e emoção, travando batalhas épicas, brincando com meu ser?
Quero e sinto ao mesmo tempo, no meu tempo, a contratempo.
Como quando chego em casa e tudo que quero é pegar um bom livro e me jogar na cama cobrindo-me de silêncio, mas, ao mesmo tempo, sinto falta das risadas e das palavras cantadas.
Crio, em minha mente, um mundo literário que, jogado na realidade, não vale mais nada.
E me frustro, quando sinto um ímpeto mutante ser abafado por um cotidiano exterior.
Imagino as flores como imagino os amores e o ciúme que crio não pode ser criado no meu ideal não possessivo.
Me frustro, mais uma vez: mundo vazio que uma razão vadia tenta controlar, por que agimos assim?
Faço gráficos mentais, projeções imaginárias de um eu fictício que não sei por onde anda.
Assumo desejos, lanço importâncias, mas de nada adianta.
Talvez eu tenha sido assim, talvez nunca tenha sido assado
[numa brasa colorida.
Quero e sinto ao mesmo tempo, no meu tempo, a contratempo.
Como quando chego em casa e tudo que quero é pegar um bom livro e me jogar na cama cobrindo-me de silêncio, mas, ao mesmo tempo, sinto falta das risadas e das palavras cantadas.
Crio, em minha mente, um mundo literário que, jogado na realidade, não vale mais nada.
E me frustro, quando sinto um ímpeto mutante ser abafado por um cotidiano exterior.
Imagino as flores como imagino os amores e o ciúme que crio não pode ser criado no meu ideal não possessivo.
Me frustro, mais uma vez: mundo vazio que uma razão vadia tenta controlar, por que agimos assim?
Faço gráficos mentais, projeções imaginárias de um eu fictício que não sei por onde anda.
Assumo desejos, lanço importâncias, mas de nada adianta.
Talvez eu tenha sido assim, talvez nunca tenha sido assado
[numa brasa colorida.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Personagem
Na ponta da língua que passa eu meu pescoço, sinto o calor de seu gemido sussurrado. Já havia passado, já havia sentido. Há quanto não o via mais?
Na ponta da língua que passa em meu lombo, sinto as mãos que me tocam a coxa. Agora reproduzia, o que na hora sentia. Há quanto não sentia mais?
Na ponta da língua que passa em meus lábios, sinto o gosto doce da saliva fria. Projeto o toque que não está lá, mas que um dia espero estar. Resta quanto mais?
Na ponta da língua que passa em meu lombo, sinto as mãos que me tocam a coxa. Agora reproduzia, o que na hora sentia. Há quanto não sentia mais?
Na ponta da língua que passa em meus lábios, sinto o gosto doce da saliva fria. Projeto o toque que não está lá, mas que um dia espero estar. Resta quanto mais?
Lamparina
Como quando a gente sente
[aquele calor dentro da gente
Um fogo que acende
E nunca pára de queimar
Quando vemos reluzente
[aquele beijo indiferente
Imaginando o quê se esconde
Naquele ato de beijar
Ficção que foi sonhada
[numa noite imaginada?
Se é que não foi nada,
Aquele tempo de pulsar
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Loucura
Um dia alguém pode achar alguns papéis não publicados. Muito mais que aqueles expostos, esses papéis determinam, de certa forma, uma personalidade escondida de um louco.
Desejos sombrios esquecidos pela tinta azul; devaneios riscados, grafados pela mão trêmula. Sinais de instabilidade que não podem, quase nunca, ser revelados.
Desejos sombrios esquecidos pela tinta azul; devaneios riscados, grafados pela mão trêmula. Sinais de instabilidade que não podem, quase nunca, ser revelados.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Versinhos
~~~ Múltiplas personalidades
Incidentes bipolares
Neuroses agentes
Nas mentes poluentes
Sussurros abafados
Mudos, estupefatos
Gritos mascarados
De socorros renegados ~~~
Incidentes bipolares
Neuroses agentes
Nas mentes poluentes
Sussurros abafados
Mudos, estupefatos
Gritos mascarados
De socorros renegados ~~~
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Bobagem
Bobagens em linhas
Retas desestruturadas
Palavras vazias
Que podem levar ao nada
O tudo que se embola
No novelo emaranhado
Jogando ao vento
Aquele verso sonhado
Máquina de letras
Desenhando no papel
Nostalgia perdida
Olhando o céu
Fim que aproxima
Do efêmero sentir
Depois de exposto
Tento sorrir
Retas desestruturadas
Palavras vazias
Que podem levar ao nada
O tudo que se embola
No novelo emaranhado
Jogando ao vento
Aquele verso sonhado
Máquina de letras
Desenhando no papel
Nostalgia perdida
Olhando o céu
Fim que aproxima
Do efêmero sentir
Depois de exposto
Tento sorrir
sábado, 7 de abril de 2012
Lembrando de uma placa
IF
YOU
LOVE
ME
LET
ME
KNOW
Placa de um filme que vi, só sei que achei bonitinho.
Maldito romantismo inventado.
YOU
LOVE
ME
LET
ME
KNOW
Placa de um filme que vi, só sei que achei bonitinho.
Maldito romantismo inventado.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Primeira
Sair do tabuleiro onde jogávamos faltando peças e cair numa realidade ao mesmo tempo erotizada e impensada.
Explanação de uma amizade encantada cujas palavras voadoras precisavam se encaixar. Bolhas de mistérios estouraram trazendo um novo, não ainda delimitado, eu e você.
Ciúme vadio que se apossa de mim: já não sei se movido pelo meu próprio narcisismo ou por um desejo ilusoriamente altruísta.
Compreensíveis lágrimas que não deveriam percorrer sua face; como evocar uma mutação disforme nos seus lábios tristes?
Egoísmo corrupto de querer tudo; interrompendo conexões de sentido. Abrupta bipolaridade numa guerra de opostos.
Primeira vez te vi como o ser que imaginei, mas que não havia conhecido. Algo mudou, tudo mudou, nada mudou.
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Inspiro você Por que não me espias? Espio você Por que não me copias?
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inteligência >>>> capacidade de reconhecer padrões