Bailarina

Pego as chaves pesadas em minha mão e subo cada degrau com a delicadeza de uma bailarina. Meus dedos se arrastam pelo piso gelado e deslizo meu braço delicadamente pelo corrimão. Entro na casa que agora chamo de minha. Sinto-me bem até que me lembro de tudo que o mundo que vejo pela janela me reserva.
O telefone que não toca, a carta que não chega, a porta que ninguém bate. Ansiedade que me aflinge apenas por um segundo e tento expulsar a inquietude latente com pensamentos bons. A leveza que me falta, a graça que me sobra.

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