Ah! A morte!
Num suspiro dos incompreendidos levanto questões acerca da morte...
O que é morrer? Seria a morte física, inabalável e inevitável? A morte celular, energética, viceral? O fim da consciência à qual nos apegamos ao longo dos anos?
Devemos temer a morte? Medo do depois, medo do nada, medo do tudo?
Um grande amigo vê a morte como uma festa e convida todos a brindarem vestidos de roxo; outro, temeroso, calcula e planeja o que será feito de seu corpo e bens.
Eu?
Declaro, ainda imutável, meu desejo de me doar ao outro, próprio da minha necessidade de aceitação e do meu patológico complexo de herói.
Declaro, também, minha total falta de controle sobre minha própria morte: façam o que precisarem para superar a minha presença que poderá ser contínua, incessante, ou, mesmo, efêmera; já não tenho mais certeza.
Salvo um momento como esse, não dedico pensamentos acerca da morte: foge-me o desespero do além, do infinito.
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