sábado, 10 de maio de 2014

[falta de] consistência humana

Se possível, um dia, gostaria de entender como algumas pessoas podem ser tão consistentemente contraditórias: fico apenas esperando a explosão.

Eu até consigo conceber a idéia de um machista-branco-cis-hétero-conservador-megareligioso: é consistente com a linha do pensamento do "cara" [ainda que baseada em premissas que não aceito de forma alguma].

Mas anarquistas e esquerdistas pseudo-revolucionários propagando opressão eu não posso aceitar. Dá um bug no meu cérebro e eu preciso tirá-lo do conjunto de "revolucionários" pelo simples fato de tornar o conjunto inconsistente: eles simplesmente não preenchem o critério da propriedade.



~~~ sobre o medo

Sempre tive muito medo: medo de ficar sozinha, medo de não me amarem, medo de ser agredida, medo de viver. Mas a coragem é uma droga, a coragem vicia, a coragem liberta.


quarta-feira, 7 de maio de 2014

esquizofrenia solipsista

Quisera eu ver o mundo classicamente, no qual tudo se segue da forma como deveria ser. Entretanto, seria ingênuo demais ignorar os fenômenos como parte do meu cotidiano. 

Se o que vemos são versões da realidade, a minha versão é intuitivamente não-monotônica e paraconsistente. Talvez seja essa esquizofrenia solipsista que reja meus interesses, preocupações, divagações. Nada mais justo se relacionado com o pouco conhecimento que tenho de mim mesma.

No jogo de análise dessa realidade inconstante, comparações são inevitáveis. Por outro lado, o que me resta é apenas tentar ser consistente.

~~~ insônia

deitar a cabeça no travesseiro e tentar dormir para mim é como bater um papo infindável com tudo que passa pela minha mente

terça-feira, 6 de maio de 2014

Empoderamento Individual

Tenho pensado muito na questão do empoderamento individual. "Solipsisticamente", por assim dizer.

Refletindo sobre a minha vida, orgulho-me dos momentos que me impus de verdade, momentos estes que me fizeram tomar as rédeas da minha própria vida e não deixar que outrxs dominassem minhas escolhas. Talvez faça sentido para quem, como eu, acredita que somos a soma das consequências de nossas próprias escolhas.

Entretanto, me assustei muito com a quantidade de informação necessária para tomar certas escolhas que ditam como viveremos. Gostaria de não oprimir ninguém, nunca, mas não me parece viável pertencer a uma sociedade que estimula vícios e esconde informações relevantes.

Quantos produtos de uso cotidiano não são produzidos com trabalho-escravo, por vezes, trabalho-infantil? Ou, ainda, quantos não dependem do sofrimento de animais?

Entrando em contato com o feminismo interseccional, tive uma visão mais ampla de que nenhuma frente deve ser combatida isoladamente. Porém, são tantas as crueldades e opressões vigentes que me perco no simples "por onde começar".

Se o empoderamento deve ser feito nos âmbitos individual, relacional e coletivo, parece-me prudente, assim, começar pelo individual. Focar no poder da auto-estima, da conscientização e da aplicação dos conceitos na minha própria vida.

Para tanto, preciso trabalhar o empoderamento relacional (já bem encaminhado nessa altura da vida) e deixar claras certos posicionamentos àqueles com os quais me relaciono de alguma forma.

Talvez quando me sentir forte possa voltar aos espaços coletivos. Apenas espero não demorar toda uma vida para tal.



domingo, 4 de maio de 2014

por uma lógica feminista

Idéias>


Obrigatoriedade ~~ Box ~~ Necessidade

Opcionalidade ~~ Diamond ~~ Possibilidade

Quadrado Lógico

~~~ Refletir +

Is anybody there?